Desde o boom do ChatGPT até o lançamento do poderoso Veo3 do Google, uma coisa é certa: a inteligência artificial virou de vez a chave do mercado de trabalho. E os números não mentem. Segundo o relatório The Fearless Future: 2025 Global AI Jobs Barometer, da PwC, os cargos mais expostos à IA viram um salto de 135% nas habilidades exigidas dos profissionais — e, no Brasil, o número de empregos ligados diretamente à IA cresceu 261% desde 2021. |
Isso significa que, além de mais qualificada, a galera está se jogando na requalificação. Gerações Z, Y e X estão turbinando os currículos, migrando de áreas e acompanhando as transformações que também estão sacudindo as empresas. E não é só na área tech, não! Setores como agricultura, mineração, lazer, transporte e até energia e abastecimento de água estão surfando essa onda. |
Mas calma: a IA não vai dominar tudo (ainda) |
|
É por isso que o World Economic Forum, no relatório The Future of Jobs Report 2025, apontou que, ao lado das skills técnicas, habilidades como resiliência, empatia, criatividade e influência social estão em alta. |
O combo do futuro: IA + gente de verdade |
|
Segundo especialistas, a transição de carreira vai ajudar muitos profissionais a se libertarem de tarefas mecânicas e ganharem tempo com o apoio de GenIAs e chatbots. Mas o que vai realmente fazer diferença é a capacidade de pensar, sentir, adaptar e inovar. |
Vai faltar humano, não IA |
|
O que a escola (e o mundo) precisa ensinar agora |
Para Vinícius, se quisermos profissionais preparados, é hora de incentivar desde cedo aquilo que as máquinas ainda não dominam: pensamento crítico, curiosidade, empatia e criatividade. |
“A educação precisa ir além do conteúdo técnico. As habilidades socioemocionais se tornaram essenciais. Precisamos formar pessoas capazes de lidar com um mundo em constante mudança — e que ainda não existe nos moldes que os Baby Boomers conheceram.” |
by CreativeNews |
Apesar de toda essa revolução digital, o que ainda faz diferença — e muita — são as habilidades humanas. A incerteza global, com tensões no Oriente Médio e na Europa, reforçou que saber lidar com gente, com caos e com mudanças é tão importante quanto entender de tecnologia.
Para o especialista em transição de carreira Vinicius Walsh, diretor da consultoria Transite, em conversa com o Terra, a chave para o profissional do futuro está em saber usar a tecnologia sem perder a essência humana. “Empatia e criatividade serão diferenciais poderosos. Entender de gente, sentir o contexto, propor ideias novas — isso nenhuma IA faz com exatidão. E é esse diferencial que gera valor real para marcas e empresas", afirma Walsh.
Muita gente ainda tem medo de que a IA "roube" empregos — mas a realidade é outra: ela vai mudar e criar novas funções. E, até 2030, vários setores devem crescer, principalmente os ligados ao cuidado, à educação e à construção civil. Ou seja, enfermeiros, cuidadores, professores, assistentes sociais e entregadores estarão mais valorizados do que nunca.
No fim das contas, o futuro do trabalho será cada vez mais híbrido — com máquinas inteligentes e humanos mais humanos. Quem souber equilibrar os dois lados, vai voar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário