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Você acorda numa segunda-feira qualquer, checa o celular... e descobre que R$ 18 milhões foram transferidos da sua conta via Pix no meio da madrugada. Pois é, foi assim que começou o maior ataque já registrado no sistema financeiro brasileiro, com prejuízos que podem chegar a R$ 1 bilhão (!). |
O caso envolve a BMP — empresa que atua com serviços financeiros — e a C&M, uma fornecedora de tecnologia que faz a ponte entre fintechs e sistemas como o Pix. Tudo começou por volta das 4h da manhã, quando um executivo da BMP foi alertado por telefone sobre uma movimentação suspeita. |
Chegando ao escritório, o pânico se confirmou: várias transferências de altíssimo valor estavam sendo feitas em sequência, e não demorou para o rombo chegar aos R$ 400 milhões só na conta da BMP. A origem do problema? Uma falha no sistema de “mensageria” da C&M, que permitiu que os hackers acessassem contas de diferentes instituições financeiras sem disparar os alertas de segurança. |
Ao todo, pelo menos seis instituições tiveram acessos não autorizados às suas contas reserva — aquelas que não envolvem o dinheiro de clientes, mas sim o caixa das próprias empresas. Enquanto isso, os cibercriminosos usavam criptomoedas como bitcoin e USDT para tentar esconder os rastros e espalhar os valores roubados por múltiplas carteiras digitais. |
A SmartPay, uma das empresas envolvidas, percebeu uma movimentação estranha com compra de criptos e agiu rápido: conseguiu congelar parte do dinheiro e devolver valores às companhias afetadas. Mas o estrago já estava feito. |
Quem foi invadido, afinal? |
Apesar dos boatos, nem a BMP nem o Banco Central foram invadidos diretamente. O problema estava mesmo na C&M, que oferece as APIs usadas por várias fintechs para acessar sistemas de pagamentos oficiais, como Pix e TED. Essas empresas de "mensageria" já apresentaram falhas antes, mas o assunto geralmente era abafado. Desta vez, não teve como esconder. |
O Banco Central autorizou o retorno das operações da C&M no dia 3 de julho, depois que a empresa alegou ter reforçado sua segurança. A BMP, por sua vez, já conseguiu recuperar cerca de R$ 130 milhões — mas uma parte significativa do dinheiro ainda está nas mãos dos criminosos, o que preocupa a empresa em relação à sua liquidez. |
Agora, é esperar que a investigação avance e que o setor tire lições sérias disso tudo. Porque se nem as altas madrugadas são mais seguras contra o Pix, a gente precisa mesmo reforçar os escudos. Publicação do Creative News. |

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